sábado, 19 de dezembro de 2009

e isso tudo vai acabar, quando a hora chegar...

e sim, essa não demora

a relatividade, dentro de tudo, na cabeça de cada um.

É,

as coisas são assim mesmo

agora ou mais tarde, mas acontece

aconteceu e será sempre assim

você querendo ou não.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

como o mar.


Salgadas, transparentes.
Infelicidade? Talvez.
Nostalgia? Com certeza.
Ela desce, passa pelas bochechas rosadas e cai sobre o lenço.
Queria, tentei, consegui. E hoje morro aos dias com o céu como platéia e minha janela como melhor amiga.
Vou deitar, já não posso aguentar a lâmpada acesa, nem o pensamento longe.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um sorriso pequeno e uma vontade grande, vontade de querer e de sonhar..
Sonhos diferentes daqueles já realizados e vontades não tão utópicas.
Correr até o jardim e colher flores para o vaso vazio, que há dias não vê cor nem vê água, e iluminar com velas a escuridão que persiste.
Fugir agora não adianta mais, já foi e já ficou tudo aqui e assim nunca mais vai embora...por mais que você tente e por mais que você corra contra,
Eu vou na mesma direção e no mesmo sentido e é fato
Sim, a chuva cai e eu me cubro no seu cobertor, mesmo quando o frio é intenso, você não liga de me emprestar.
Eu tinha fome, você me deu comida e além disso, me deu a sobremesa. Agora eu tenho fome novamente.

A respiração é lenta e os batimentos cardíacos, acelerados... não se sabe até onde vai, só sei que vai, sem volta.
Meus olhos abaixados olham o chão sujo, as formigas andam e a poeira voa. A respiração continua lenta.
Você traz um copo d’água e eu, sempre desastrada, molho os lençóis brancos. Levanto os olhos para te olhar e enxugo os lençóis com meu secador de cabelos, você sorri levemente e o relógio desperta.
Um dia eu acordei, e o céu estava bem azul. As nuvens pareciam um mar sem sal
e o sal não fazia falta nenhuma ali. É engraçado como algo,aparentemente sem utilidade, pode ser tão grandioso...traz a chuva.
Sim, a chuva, um dos mais belos espetáculos da natureza, perfeita com suas gotas finas ou grossas, lentas ou rápidas que em nossos para-brisas se aglomeram num jogo de corre-corre
Eu gosto, muito mais que o sol ardente ofuscando meus olhos, a chuva limpa e cria – as plantas sorriam e o tempo esfria.
Ar úmido é o que eu preciso.
Corri para o meu quarto, enquanto o telefone tocava, tranquei a porta. Meu espelho estava quebrado, mas mesmo assim, quis ver meu rosto... dar mais uma olhada só pra confirmar as lágrimas caindo, e o sorriso no canto. Sorrir, sim, mesmo que não seja adequado, melhor que suplantar todos ao meu redor. Vontade de defenestrar as flores do vaso.

Ela, sempre ela.

Ela vem, e fica... aos meus olhos parece que nunca vai embora, mesmo que eu tente destruí-la, é mais forte, é indestrutível e fatal.

Quisera um dia ser como ela, como fica em mim, ficar ao longe.

Cruel, sincera.

Solidão... me consome.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fumaça

Quando a fumaça desaparecer por entre o ar, uma luz irá entrar juntamente com o brilho de estrelas cadentes, aquelas que eu nunca vi fisicamente, mas vejo em meus pensamentos toda vez que você aparece... e assim como elas, vem e volta pro seu lugar, sem saber ao certo onde.

Eu cantei, com minha voz rouca, ajeitei o cabelo bagunçado e me deitei, só pra ver se o sono vinha e pra variar derramei as mesmas lágrimas de sempre que não se cansam de passear em meu semblante pálido.
Uma vontade de gritar, até tudo sair, o bom e o ruim pra encher tudo de novo... retornar o bom sem o ruim, assim é ideal.

Sorrir levemente e continuar a andar, e a humanidade nos obriga a seguir, pra algum lugar ou lugar nenhum.

Felicidade

Um olhar, era o que bastava para meu dia se completar tranquilo, e um boa noite, que se fazia real e uma noite esplendida nascia a partir daquilo.

Um semblante, com um brilho único, onde cada movimento se tornava mágico, mesmo quando a tristeza vinha ou a ira queria crescer, mesmo assim nada de ruim brotava, pois outro sentimento era mais adequado para a situação: para o corpo, para a alma e para o coração.

Clichê, podia parecer, mas a minha transparencia só podia ser transmitida em pedaços, pois era grande demais para ser compreendida e aceitada

Me desculpe pela chuva, me desculpe pelo céu sem estrelas,
Me desculpe pela manhã que te acorda,
Me desculpe pelo trânsito, me desculpe pelas fronteiras,
Me desculpe pelos atrasos, e pelo sono,
Me desculpe por estar aqui.

Apenas me perdoe, e me leve pra casa.
Caminha para sua casa, olha as árvores que balançam com a música do vento; conta os paralelepípedos.

Ao atravessar a rua, vê os caminhões que passam e lembra da sua infância... como gostava de correr por entre os carros.

Ao chegar, retira os sapatos de couro preto e deita-se em sua cama para sonhar mais uma vez.