Já se acostumou com os sapatos apertados,
como nesse corpo que a aprisiona, sua liberdade está fora desse mundo,
quer voar, mas suas asas estão amarradas.

E o branco do céu vem me dar bom dia.

Noite de lua brilhante, noite sem nuvens;
meu corpo espera o escuro da noite, pra poder sonhar com apenas um olhar.
rostos vazios e corpos andando, não me preenchem espaço,
Andar pelas avenidas, olhando as pessoas, só me faz me olhar mais, ver que sou um alguém como os outros, um nada e um tudo, depende somente do olhar que me ve.

Desejo constante, que nos traz frustrações;
não queremos aquilo, queremos o todo.
A busca pela plenitude, incapaz de ser realizada, a busca pelo desejado,
jamais completamente seu.
Voar bem alto, enquanto o peso das raízes nos seguram ao chão.

eterna perseguição.

Entrou no chuveiro, a água fervendo escorria pela sua pele, aquecendo todo o seu corpo.
Depois da espuma a cobrir de branco, e deixar todo o cansaço do dia escorrer pelo ralo, pegou sua toalha bordada;
Secou-se delicadamente, andou descalça pelos corredores e rapidamente pensou em tudo o que acontecia naqueles dias, tão frios e tão vazios.
Ao deitar-se, sente o toque da seda que a cobre, e a água salgada que a sacia.

O barulho, que vem do silêncio;
a luz, que vem da escuridão;
o sorriso, que vem da tristeza;
a minha lua, que vem do teu sol.

Antes que meu semblante fique úmido, antes que os muros me cerquem,
antes que os livros me engulam,
pensarei em ti,
cantarei pra mim,
dançarei por elas;

agradecerei pelo nada, que relativamente, pra mim, é tudo.

Valente e corajoso,
é o que sempre pareceu,
mas ao decorrer dos dias sua mente adoeceu,
como quem adoece de amor,
sem perder sua aparência, mas eu sabia que o que havia por dentro.
Por dentro era eu, era ela, era o mundo,
por fora era a sorte de ter tudo.
Não sei ao certo quantas vezes tentarei entrar, dentro da sua mente, para poder um dia ajudar;
não sei se você deseja isso, mas meu desejo é seu fervor, sua alegria destemida ao meu lado ou longe daqui, mas que haja sempre a valentia do homem que eu conheci.

Um gole de vida, eu dou à você;
beba tudo, sem deixar sobrar nada,
pois cada gole de vida minha que você bebe é uma vida a mais pra mim,
e um cuspe, uma facada.

Me beba, sem cessar, sem pensar.

Ovos de chocolate, para adocicar a vida amarga,

quero um brinde, um brinquedo.

Quero minha criança dentro de mim, sair e sorrir, sem medo;

as vezes, ser adulta, não me cai tão bem assim.

Feliz Páscoa.

Não me olha nos olhos,

não me pega pelos braços,

mas me diz coisas que nem eu sei o que querem dizer.

Foge do mundo, some com tudo;

mas reaparece sempre que se sente só.

Minhas mãos estarão aqui para te ajudar, junto com minhas palavras.